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A Formação Corpórea na Etnia Indígena Boe

O rito funeral Boe constitui-se como uma experiência estética, na medida em que a sua realização compreende os cantos, entoados em língua originária (Boe Wadáru), cujas letras aludem à mitologia milenar do Boe Akaru, isto é, às práticas e aos saberes dos seus chefes ancestrais, passados de geração em geração. Esses cantos ainda são acompanhados de instrumentos musicais, como o tambor, maracas, instrumentos de sopro, além das danças, que se equiparam a um evento performático.

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A negação do Brasil: Estereotipagem e Identidade Negra

Neste artigo, apresenta-se uma crítica ao documentário “A Negação do Brasil” (2000) de Joel Zito Araújo, que é decorrente de uma pesquisa realizada pelo próprio Joel sobre os papeis atribuídos às negras e negros nas telenovelas brasileiras, durante o período de 1963 a 1997.
Na crítica em questão, há o propósito de compreender se as ações das emissoras de televisão, escritores, diretores das telenovelas e dos atores e atrizes afirmam ou não uma postura discriminatória com relação às pessoas negras na sociedade brasileira.

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O feminismo negro e a estética do sublime em Merci Beaucoup, Blanco!

O presente trabalho apresenta uma crítica à performance Merci Beaucoup, Blanco de Michelle Mattiuzzi e a sua auto reflexão sobre a mesma, publicada na 32ª Bienal de São Paulo. Trata-se de uma análise sobre a forma como essa performance e tais escritos promovem o embate ao racismo e à discriminação por gênero e classe social, de modo a suscitar sentimentos contraditórios de choque, horror e comprazimento no seu espectador; análogos ao sentimento do sublime.

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O movimento estético-político do teatro experimental do negro

O presente artigo discorre sobre a base política fundadora do Teatro Experimental do Negro (TEN), de Abdias do Nascimento e suas práticas. Com o propósito de analisar como se dá o enfrentamento ao racismo presente nas relações sociais do Brasil, mediante a linguagem teatral. Para tanto, apresentam-se argumentos do próprio Abdias sobre o móbil para o surgimento desse grupo. Além da descrição do cenário estético-político da época ainda embrenhado no mito da democracia racial.

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Infância roubada em Falcão: Meninos do Tráfico

O documentário, “Falcão: Meninos do Tráfico”, lançado em 2006 apresenta a rotina de crianças e jovens brasileiros em suas funções no empacotamento e na venda da maconha e da cocaína, e na vigília noturna nas diversas comunidades do Brasil. Segundo o rapper MV Bill, as semelhanças entre as crianças e os jovens envolvidos com o tráfico estariam no fato de serem negros, de pertencerem à famílias desestruturadas e de morarem em favelas.

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Arte e Educação Antirracista

A Arte e a Educação antirracista – o presente texto analisa as leis e decretos desde o Império do Brasil até à contemporaneidade referentes à educação, com o propósito de discutir a relevância da lei 10.639 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. A fim de discutir as possibilidades do cumprimento da referida lei e dessas Diretrizes enfatizaremos a relevância da arte na produção do conhecimento acerca de nós mesmos e da realidade ao nosso entorno. A fim de discutir as possibilidades do cumprimento da referida lei e dessas Diretrizes enfatizaremos a relevância da arte na produção do conhecimento acerca de nós mesmos e da realidade ao nosso entorno.

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Kant e De Duve: crítica à recepção dos ready-mades de Duchamp

Em Kant depois de Duchamp (1996), Thierry de Duve concebe o juízo estético moderno a partir de certa alteração do juízo de gosto kantiano, com o propósito de uma crítica à recepção dos readymades de Marcel Duchamp. Nessa direção, o crítico propõe a substituição do termo “belo” por “arte” nos quatro momentos do juízo de gosto kantiano e na antinomia relativa a esse.

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A pintura ‘sublime’ de Barnett Newman

O presente artigo refere-se à crítica de Lyortard à pintura de Barnett Newman a partir da estética do sublime de Longino, Burke e Kant. Primeiramente, amparando-se em Longino, o crítico estabelece uma relação entre o silêncio sublime, a imagem do indeterminado e as artes nos séculos XIX e XX. Indícios desta indeterminação pictural já seriam perceptíveis desde as telas de Manet e Cézanne, já que eles teriam rompido com os padrões estabelecidos na representação, constituindo outra relação entre a figura e o espaço, mediante as cores com seus valores.

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Kant e o modernismo

Em Pintura Modernista (1960), Greenberg compara o modernismo à “tendência autocrítica”, que, como ele a compreende, se inicia com a filosofia Kantiana. Kant é considerado pelo crítico como o “primeiro verdadeiro modernista” justamente por ter se dirigido à crítica dos fundamentos da própria crítica.

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