A pintura ‘sublime’ de Barnett Newman

Alice de Carvalho Lino
Universidade do Estado do Mato Grosso Cuiabá (MT)
LINO, Alice de Carvalho. “A pintura ‘sublime’ de Barnett Newman ”. Viso: Cadernos de estética aplicada, v. 10, n° 18 (jan-jun/2016), p. 60-82.
 
 

RESUMO

 

O presente artigo refere-se à crítica de Lyortard à pintura de Barnett Newman a partir da estética do sublime de Longino, Burke e Kant. Primeiramente, amparando-se em Longino, o crítico estabelece uma relação entre o silêncio sublime, a imagem do indeterminado e as artes nos séculos XIX e XX. Indícios desta indeterminação pictural já seriam perceptíveis desde as telas de Manet e Cézanne, já que eles teriam rompido com os padrões estabelecidos na representação, constituindo outra relação entre a figura e o espaço, mediante as cores com seus valores. No caso das pinturas de Newman, o indeterminado estaria na cor, no próprio quadro, que possibilitaria, nos termos de Lyotard, a ocorrência da obra. Esta ocorrência equivaleria ao “consumo” imediato da imagem, capaz de suscitar o prazer do sentimento sublime. O terror ou o temor sentido estaria na possibilidade da não ocorrência da obra, que é descrita por Lyotard a partir do aspecto da “privação”, presente, especialmente, na estética de Burke. Lyotard descreve as obras de Newman recorrendo também à noção de “inapresentável”, devido à presença do informe e da ausência completa da forma nos quadros. Nesse momento de sua argumentação, ele recorre ao conceito do sentimento do sublime de Kant. Assim, diferentemente da incapacidade da imaginação vivenciar os fenômenos naturais em todo seu poderio e grandeza, a pintura sublime – na caracterização de Lyotard – apresentaria tais potências mesmo que de modo negativo.

 

 
Palavras-chave: crítica da arte; expressionismo abstrato; sublime; Barnett Newman; Lyotard

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