A abolição revista por Zózimo Bulbul no cinema: aspectos da resistência negra entre a arte e a história

A abolição revista por Zózimo Bulbul no cinema: aspectos da resistência negra entre a arte e a história

Neste artigo, discuto o documentário Abolição (1988) de Zózimo Bulbul, nos termos dessa linguagem artística, assim como cotejo certos depoimentos sobre as revoltas no período escravocrata, a abolição e o posicionamento do Estado após a emancipação com as perspectivas enunciadas no campo da História, da Antropologia e da Filosofia por Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Ynaê dos Santos, Kabengele Munanga e Molefi Kete Asante, a fim de destacar as dimensões históricas e políticas da obra. Convidamos para a leitura!

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Arte-educação: o potencial estético-político em Rosana Paulino na redação do Enem

Na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, 3,1milhões (Inep) de estudantes tiveram que dissertar sobre os desafios enfrentados para a valorização da herança africana no Brasil. Dentre os argumentos motivadores para a questão, consta a imagem de uma obra da artista Rosana Paulino, intitulada: Ainda a lamentar (2011), acompanhada de um provérbio africano que nos diz: “quando não souberes para onde ir, olhe para trás e saiba pelo menos de onde vens”.

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As práticas artísticas rituais e a fruição do axé no candomblé Ketu

O objetivo deste artigo é caracterizar, de forma introdutória, determinadas práticas artísticas e rituais realizadas no Candomblé, da nação de Ketu. Tais como os cantos entoados para as divindades africanas, nomeadas Orixás, as danças coreografadas, os toques dos atabaques e as indumentárias, de modo a compreendê-las a partir dos ìtàn, as mitologias relativas a estas divindades.

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Feminismo negro e a crítica à cultura brasileira

No desenvolvimento do presente verbete, discorre-se sobre os conceitos de cultura, identidade e estereótipo a fim de trazer à tona tanto os prejuízos causados pelo trânsito das representações insuficientes e equivocadas das mulheres negras no meio social, quanto à resistência expressa por meio das nomeadas entidades culturais de massa. Para tal, lança-se mão, principalmente, dos escritos de Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Neusa Santos e Sueli Carneiro, que estarão em diálogo com Abdias do Nascimento, Stuart Hall e Kabengele Munanga, com especial atenção às abordagens críticas da cultura elaboradas pelo pensamento feminista negro no Brasil.

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O Candomblé Ketu na conformação da resistência política e da identidade brasileira

O Candomblé Ketu, em especial o Ilê Erô Opará Ofá Odé Asé Jaynã, visitado nesta pesquisa, constitui-se a partir da confluência entre os valores, práticas e saberes relativos à espiritualidade africana e a dos habitantes originários da floresta: os indígenas, os ditos caboclos de pena, além dos boiadeiros, também nascidos em terras brasileiras e cultuados na festa do caboclo. Com isso, não se pretende afirmar que essa religião compreende toda a complexidade existencial desses modos distintos da percepção de si, do outro e da realidade em seu entorno, manifestos em numerosas etnias, africanas indígenas. Contudo, é evidente, em relato da iyálórisá Márcia Cristina de Jesus Moura e do bábálórisá Fábio de Jesus Moura e na literatura referente ao tema, a presença dos Órisás, as divindades africanas da cultura iorubá, e a dos Caboclos, entidades indígenas.

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A negação do Brasil: Estereotipagem e Identidade Negra

Neste artigo, apresenta-se uma crítica ao documentário “A Negação do Brasil” (2000) de Joel Zito Araújo, que é decorrente de uma pesquisa realizada pelo próprio Joel sobre os papeis atribuídos às negras e negros nas telenovelas brasileiras, durante o período de 1963 a 1997.
Na crítica em questão, há o propósito de compreender se as ações das emissoras de televisão, escritores, diretores das telenovelas e dos atores e atrizes afirmam ou não uma postura discriminatória com relação às pessoas negras na sociedade brasileira.

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O feminismo negro e a estética do sublime em Merci Beaucoup, Blanco!

O presente trabalho apresenta uma crítica à performance Merci Beaucoup, Blanco de Michelle Mattiuzzi e a sua auto reflexão sobre a mesma, publicada na 32ª Bienal de São Paulo. Trata-se de uma análise sobre a forma como essa performance e tais escritos promovem o embate ao racismo e à discriminação por gênero e classe social, de modo a suscitar sentimentos contraditórios de choque, horror e comprazimento no seu espectador; análogos ao sentimento do sublime.

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O movimento estético-político do teatro experimental do negro

O presente artigo discorre sobre a base política fundadora do Teatro Experimental do Negro (TEN), de Abdias do Nascimento e suas práticas. Com o propósito de analisar como se dá o enfrentamento ao racismo presente nas relações sociais do Brasil, mediante a linguagem teatral. Para tanto, apresentam-se argumentos do próprio Abdias sobre o móbil para o surgimento desse grupo. Além da descrição do cenário estético-político da época ainda embrenhado no mito da democracia racial.

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Infância roubada em Falcão: Meninos do Tráfico

Infância roubada em Falcão

O documentário, “Falcão: Meninos do Tráfico”, lançado em 2006 apresenta a rotina de crianças e jovens brasileiros em suas funções no empacotamento e na venda da maconha e da cocaína, e na vigília noturna nas diversas comunidades do Brasil. Segundo o rapper MV Bill, as semelhanças entre as crianças e os jovens envolvidos com o tráfico estariam no fato de serem negros, de pertencerem à famílias desestruturadas e de morarem em favelas.

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