Arte e Educação Antirracista
Universidade Federal de Rondonópolis
RESUMO
O presente texto analisa as leis e decretos desde o Império do Brasil até à contemporaneidade referentes à educação, com o propósito de discutir a relevância da lei 10.639 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. A fim de discutir as possibilidades do cumprimento da referida lei e dessas Diretrizes enfatizaremos a relevância da arte na produção do conhecimento acerca de nós mesmos e da realidade ao nosso entorno. A presente discussão parte do pressuposto de que a arte auxilia na mudança de uma imaginário racista para um não racista. Para tanto, discorreremos sobre as relações entre arte e conhecimento nas perspectivas de Susanne Langer e Vilém Flusser. Segundo a filósofa Langer, certas obras suscitam sentimentos diversos no observador. Nesse movimento, a faculdade da imaginação amplia os Sentimentos de prazer e desprazer e os harmonizam em novas formas de sentir. Assim, ao representar formas de concepção de mundo, a arte influencia profundamente o observador no sentido de moldar seus sentimentos. Certas obras, inclusive, nos conduzem à utopia, ou seja, permitem vislumbrar outras possibilidades para o real. Incitam, então, mudanças ao apontar para o novo. Em acordo com Langer, Flusser argumenta que existe mesmo uma dependência do sujeito para com os modelos de arte na compreensão do mundo, pois a ausência de certos modelos estéticos denotaria a inércia diante do inusitado. Nesse contexto, as obras não são entendidas como meras generalizações dos sentimentos particulares dos artistas, mas, referem-se à representação de novas formas de sentir.
Palavras-chave: arte, conhecimento, currículo, racismo, educação antirracista.
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