Dra. Alice Lino Lecci
Professora Adjunta na Universidade Federal de Rondonópolis, desde 2017. Integra o corpo docente permanente no
Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Mato Grosso.
É Pós-Doutora (UFMG), Doutora (USP) e Mestre (UFOP) em Filosofia, com ênfase em Estética e Crítica de Arte.
Atualmente, desenvolve pesquisas sobre as Artes e
Expressões Culturais Afrodescendentes e Indígenas, considerando as expressões feministas, implicadas em tais representações, assim como, discute as formas de confrontar o racismo mediante as linguagens artísticas.
Tem diversas publicações sobre as referidas temáticas.
Publicações Recentes
A abolição revista por Zózimo Bulbul no cinema: aspectos da resistência negra entre a arte e a história
Neste artigo, discuto o documentário Abolição (1988) de Zózimo Bulbul, nos termos dessa linguagem artística, assim como cotejo certos depoimentos sobre as revoltas no período escravocrata, a abolição e o posicionamento do Estado após a emancipação com as perspectivas enunciadas no campo da História, da Antropologia e da Filosofia por Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Ynaê dos Santos, Kabengele Munanga e Molefi Kete Asante, a fim de destacar as dimensões históricas e políticas da obra. Convidamos para a leitura!
Arte-educação: o potencial estético-político em Rosana Paulino na redação do Enem
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Para um multiculturalismo democrático: aspectos da cosmopercepção iorubá no Candomblé Ketu
A questão na qual nos debruçamos neste capítulo diz respeito à compreensão do Candomblé Ketu como uma instituição que faz a guarda e a difusão de determinados valores, saberes e práticas originárias dos povos iorubás em solo brasileiro. Propomos uma análise de caráter introdutório em torno de certos mitos dos/as Òrìsà, denominados ìtàn, e sobre os odú, que são os poemas revelados por meio da consulta ao oráculo de Ifá, a serem interpretados pelo Babalaô, na tradição originária iorubá, ou pela ìyálòrìsà ou bàbálòrìsà, como se dá comumente no Candomblé no Brasil.
O pensamento e o cinema de Celso Prudente: identidade brasileira, resistência e educação
O presente capítulo apresenta uma análise crítica sobre os curtas-metragens “O som da raça” (2014) e “Questão de Justiça” (2017), de autoria de Celso Prudente, em conformidade com o pensamento desse cineasta já difundido no meio acadêmico, no que concerne à noção equivocada, incutida pelos estereótipos negativos, com a qual uma parcela da população brasileira compreende a si mesma e aos/às seus/suas concidãos/ãs.
As práticas artísticas rituais e a fruição do axé no candomblé Ketu
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